
Funcionários públicos da Prefeitura de João Monlevade lotaram o Plenário da Câmara de Vereadores na tarde da última quarta-feira (19), para acompanhar a votação do projeto de lei que prevê reajuste de 5,38% nos salários. O índice foi rejeitado pela categoria, que tentou acordo com a administração da prefeita Simone Carvalho (PSDB), ao propor, nesta semana, aumento de 9%. No entanto, a proposta foi reprovada pela prefeita, que segue irredutível nas negociações.
Por decisão da Comissão de Legislação e Justiça do Legislativo, o projeto não entrou na pauta de votação dos vereadores. Antes do início da reunião os servidores foram informados sobre a questão e o assunto foi o único comentado no dia.
Com cartazes e bandeirinhas, os funcionários públicos, a todo o momento, se manifestaram contrários sobre a proposta da administração municipal. Como o Regimento Interno da Casa não permite manifestação popular, o presidente Djalma Bastos (PSD) advertiu os presentes pelo menos por três vezes antes de encerrar a reunião.
O ápice da confusão foi registrado durante a fala do vereador Sinval Dias (PSDB) – líder da prefeita Simone Carvalho – que ao defender o índice proposto pela chefe do Executivo, foi duramente vaiado. Com o fim precoce da reunião, os servidores comemoraram com gritos de ordem como “funcionários unidos” e “fora Sinval”.
No final da tarde dessa quinta-feira (20), os servidores realizam mais uma assembleia da categoria, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos e deliberam sobre a questão. A hipótese de greve não está descartada. O projeto que prevê 5,38% de reajuste à classe segue em tramitação na Câmara de Vereadores e provavelmente deve ser votado na próxima quarta-feira (26).