

O cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas Marco Antonio Carvalho Teixeira avalia que os 13% de aprovação do presidente em exercício Michel Temer, apontados nesta sexta-feira (1º) pela pesquisa Ibope, mostram que ele tem um “padrão Dilma” de aprovação.
“A presidente Dilma tinha uma aprovação de 11%, ou seja, a avaliação de Temer está na margem de erro de um governo padrão Dilma. Em termos de percepção da sociedade, a sensação é que as coisas permanecem como estão, apenas com outro comando”, diz.
Para o professor da FGV, “do ponto de vista político, assim como no governo Dilma, o governo Temer segue na lama”, diante das dificuldades políticas previstas diante da impopularidade do presidente em exercício.
“Quanto mais Temer tiver problemas de popularidade, maior será o custo no Congresso e foi justamente isso que ocorreu com Dilma. Esse custo é ainda mais alto considerando que estamos em ano eleitoral e os parlamentares avaliam ainda mais o impacto de suas decisões”, afirmou.
Ainda segundo Teixeira, outro fator que prejudicou Temer na pesquisa é o fato de ele ter escalado para o governo ministros investigados pela Justiça. “Sobre o aspecto da probidade, o governo Temer não fez mudanças e preferiu priorizar acordos políticos. O custo social é amplo”, concluiu.
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