
O Ministério Público (MP) vai investigar o uso dos carros oficiais da Câmara de João Monlevade. Informações extraoficiais dão conta de que correspondências do órgão com pedidos de informações diversas começaram a chegar ao Legislativo monlevadense e tem causado “apreensão” em alguns vereadores e servidores da Casa.
Uma reunião sobre o assunto também teria sido realizada entre os parlamentares antes do encontro semanal deles, na nessa quarta-feira (15). O único vereador a comentar por alto sobre o assunto foi Geraldo Antonio Marcelino (Tonhão-PPS). Irritado, ele esbravejou, esmurrou o púlpito e disse que o carro da Casa é para usar para trabalhar para o povo. “É direito do parlamentar atender ao povo e ir aos bairros no carro da Câmara. O vereador tem o direito de andar nesse veículo. Ele não está fazendo nada errado. O carro é usado para trabalhar”, disse enfático.
A Câmara de João Monlevade possui três carros oficiais e dois motoristas para atender as demandas da Casa. O uso de veículos por vereadores já rendeu em cidades da região, como São Gonçalo do Rio Abaixo e Santa Bárbara, inquéritos nos quais são relatados atos ilícitos por parte dos parlamentares, inclusive com cassação de mandatos.