MP suspende evento da Red Bull em Barão de Cocais

O município de Barão de Cocais aguardava para este sábado, 20 de maio, a presença dos principais pilotos de enduro do mundo. A cidade seria uma das sedes do Red Bull Minas Riders, um dos eventos mais importantes do planeta nessa modalidade, mas a competição foi suspensa na sexta-feira, 19, a partir de uma ação do Ministério Público de Ouro Preto. Na região do Médio Piracicaba, Catas Altas seria outro município a receber as motocicletas.

A competição teve início no dia 17, em Belo Horizonte, com fases classificatórias. Depois, foi para Ouro Preto, onde, inclusive, houve um evento na histórica praça Tiradentes. Os pilotos já se preparavam para seguir para Barão de Cocais quando foram surpreendidos pela notícia da suspensão. Os participantes chegaram a ter as motos apreendidas pela Companhia de Meio Ambiente da Polícia Militar ouro-pretana.

A reclamação teria partido de uma vereadora de Ouro Preto, que procurou o MP para questionar os impactos ambientais do evento. De acordo com o Ministério Público, uma das trilhas passaria por um limite de área florestal com decisão judicial proibitiva para ações com fins exploratórios e econômicos. Diante disso, a promotoria sugeriu a interrupção do Minas Rider por uma semana, para avaliar documentações e licenças ambientais.

A organização não acatou a sugestão por causa da dificuldade de manter os pilotos, a maioria de outros países, no Brasil. A direção do evento afirma ter todas as licenças necessárias e que a prova estava em condições legais para acontecer.

Com a prova reduzida, o britânico Graham Jarvis foi declarado campeão, seguido do americano Cody Webb, estreante na prova, e do espanhol Alfredo Gomez, vencedor do evento no ano passado. Entre os brasileiros, o melhor colocado na categoria principal, a Gold, foi Rigor Rico, de Barão de Cocais, que terminou na sétima colocação.

Ao site da Red Bull, o romeno Martin Freinamedetz, da empresa Xventure, responsável pela organização da prova, lamentou o encurtamento da competição: “Estamos há um ano conversando com todas as autoridades ambientais e definindo o trajeto da prova e temos autorizações de todos os órgãos responsáveis. Infelizmente, no último momento, a polícia pediu para fazer mais algumas análises de risco e optamos por cooperar e antecipar o final da competição já que os pilotos não podem aguardar”. (DeFato)

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