
Os vendedores ambulantes, que haviam sido retirados do centro comercial de João Monlevade, por fiscais da Prefeitura, aos poucos estão retomando aos seus “antigos pontos”. Com jeitinho, os camelôs ignoram a proibição. Verduras, alimentos diversos, cobertores e tapetes. Tudo está sendo vendido sem o menor constrangimento.
A ação que retirou os ambulantes das ruas ocorreu há três meses, em cumprimento a uma recomendação expedida pelo promotor de Justiça da comarca de João Monlevade, André Leite de Almeida, à prefeita de João Monlevade, Simone Carvalho (PSDB). Entre várias justificativas usadas pelo promotor para banir os ambulantes está o não cumprimento do Código de Posturas Municipal. A legislação proíbe o comércio nas ruas de João Monlevade de alimentos, por exemplo.
Passados os três meses da “limpa” dos fiscais, a administração municipal também não propôs nenhuma ação ou espaço para que os ambulantes possam comercializar as mercadorias. Como consequência, o que se vê no centro comercial de João Monlevade é o desrespeito ao Código de Posturas municipal.
“O comércio informal contribui para a degradação do centro. “Não somos contra o trabalho, mas as calçadas foram feitas para atender aos pedestres. Em locais muito movimentados, as pessoas podem estar sendo empurradas para a rua”, disse a lojista Maria da Conceição.
A questão dos vendedores ambulantes no centro comercial de João Monlevade é antiga e rende várias reclamações. Pedestres protestam quanto à ocupação das calçadas, impedindo a passagem. Comerciantes questionam a venda de mercadorias sem o devido pagamento de impostos e motoristas se irritam com a ocupação de vagas de estacionamento.