
Pela primeira vez na história, os norte-americanos elegeram mais de 100 mulheres para o Congresso, durante a campanha para as eleições de meio mandato, realizadas na última terça-feira (6).
O movimento político feminino ganhou força depois da vitória de Donald Trump, em 2016, e na campanha teve um impulso extra, em meio às denúncias de violência sexual que envolveram diretores de Hollywood, o próprio presidente Trump e o mais novo ministro da Suprema Corte, Breet Kavanaugh.
Este ano foram 107 mulheres eleitas.
A marca feminina também trouxe diversidade. Ilhan Omar, do Minnesota e Rashida Tlaib do Michigan, foram eleitas deputadas pelo partido Democrata. Elas representam as primeiras mulheres muçulmanas na história eleitas para o Congresso norte-americano.
Ilhan é a primeira parlamentar de origem somali.
Além disso, pela primeira vez no país duas mulheres de origem indígena, Sharine Davids, da nação Ho-Chunk, do Kansas, e Deb Haaland, da tribo Pueblo de Laguna, Novo México, também foram eleitas deputadas pelos democratas.
Este ano a mulher mais jovem já eleita chegou à Câmara. A democrata Alexandria Ocasio Cortes foi eleita por Nova York. Aos 29 anos, ela aparece como um dos nomes fortes na nova geração política no país e que se reconhece como socialista.
A quantidade de mulheres eleitas para o Congresso, este ano, foi mais que o dobro que nas eleições de 1992, quando foram eleitas 47 deputadas e quatro senadoras.