Parque do Caparaó só permite entrada de visitantes vacinados contra febre amarela

Poço Encantado, no Parque Nacional do Caparaó, na divisa com Minas Gerais (Geison Alvim)

Apenas os visitantes que estiverem vacinados contra febre amarela – e portarem documento oficial comprovando isso – poderão visitar o Parque Nacional do Caparaó, na divisa dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. A medida de restrição foi publicada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Diário Oficial da União (DOU) de hoje (1°). A restrição do acesso valerá até o fim do atual surto da doença na região.

A decisão de fechar o parque teve como objetivo resguardar a saúde da população por causa do surto de febre amarela registrado na região. O Parque Nacional de Caparaó havia sido fechado pelo mesmo motivo entre os dias 2 e 25 de fevereiro, quando foi aberto para visitantes que apresentassem documento oficial de imunização contra a doença. No entanto a portaria autorizando o acesso restrito, datada do dia 23, só foi publicada hoje no DOU, após o parque já ter recebido os visitantes.

O Parque Nacional do Caparaó abrange quatro municípios no lado mineiro (Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá e Espera Feliz) e seis no lado capixaba (Iúna, Ibitirama, Irupi, Dores do Rio Preto, Divino de São Lourenço Guaçuí e Alegre).

Quatro outras unidades de conservação federais tiveram estado de alerta decretado: as reservas biológicas Sooretama e Comboios e a Floresta Nacional de Goytacazes, em Linhares, e o Monumento Natural Pontões Capixabas, entre Água Branca e Pancas, todas no Espírito Santo. Todas estão localizadas em municípios limítrofes à região atingida pelo surto.

Macacos sentinelas

Preocupado em evitar o assassinato de macacos, o ICMBio tem feito alertas de que, assim como os humanos, os macacos não transmitem o vírus causador da febre amarela, e que esses primatas exercem a importante função de sentinelas, alertando para o surgimento da doença na região, quando encontrados mortos. Nesse sentido, adverte o órgão, “os macacos devem ser preservados” para ajudar no combate à doença.

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