Secretário do Sindicato dos Servidores no Serviço Público de João Monlevade (Sintramon), Carlos Silva

O reajuste nos salários dos servidores públicos de João Monlevade continua indefinido. O projeto que prevê o aumento entrou na pauta de votação da Câmara Municipal na última quarta-feira (3), mas recebeu pedido de vista do vereador Carlos Roberto Lopes (pastor Carlinhos –PMDB) e só deve voltar ao Plenário na semana que vem. O vereador justificou a ação afirmando que a Prefeitura não o convenceu de que o reajuste de 5,38% é o máximo que pode oferecer aos servidores. A classe pleiteia 9% a mais nos salários e R$ 70,00 no vale-alimentação.

O pedido de vista do projeto ocorreu em reunião marcada, mais uma vez, por Plenário cheio de funcionários públicos. Outro ponto que chamou atenção no encontro foi a presença de policiais militares na sede da Câmara.  A secretária do Sind-Ute em João Monlevade, Maria do Sagrado Coração Rodrigues, que também é servidora municipal e usou a tribuna da Casa para defender a retirada de pauta do projeto, classificou a presença da PM no Legislativo como decepcionante.  O presidente da Câmara, Djalma Bastos (PSD) argumentou que a presença policial não seria em função dos servidores. Ele disse ainda que “cidadão de bem não tem nada a temer”.

Juiz propõe reajuste de 6,51% 

Ainda na reunião da Câmara, o secretário-geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de João Monlevade (Sintramon), Carlos Silva, também usou a tribuna da Câmara para falar sobre reunião realizada horas antes entre a administração e representantes sindicais no Tribunal Regional do Trabalho.

O encontro na Justiça do Trabalho foi solicitado pela prefeita Simone Carvalho, na semana passada, quando deflagrada greve dos servidores.  O acionamento foi justificado pela administração municipal para que fosse mantido pelo menos 60% dos funcionários em serviço nas unidades de saúde.  Carlos Silva explicou que por se tratar de uma negociação de acordo coletivo, o Sintramon solicitou também intermediação para debater os aspectos econômicos.

O juiz do Trabalho, Ronaldo Antônio Messeder Filho, acatou a solicitação e uma audiência de conciliação foi realizada. No encontro, o magistrado propôs às partes reajuste salarial de 6,51% e R$ 35,00 de acréscimo no vale-alimentação da categoria. Os servidores ficaram de analisar a proposta em assembleia e a administração municipal descartou a hipótese de acatar a sugestão do juiz, alegando que poderia rever a situação apenas em outubro.

Com a negativa da Prefeitura, foi dado ao Sintramon prazo de 10 dias para análise da proposta e posteriormente a decisão deve ser submetida ao judiciário.

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