Objetivo do encontro foi discutir ações sobre os casos de febre amarela no município de Caratinga – Vale do Aço – onde foi decretado estado de calamidade

A Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoveu na tarde de ontem (20), um seminário com a infectologista Andréa Cabral, para os funcionários da área de saúde que atuam em diversos locais e empresas do município.

De acordo com a infectologista, o objetivo do encontro foi discutir ações sobre os casos de febre amarela no município de Caratinga – Vale do Aço – onde foi decretado estado de calamidade, na quarta-feira (12/01) e esclarecer dúvidas sobre a doença, o tratamento e a imunização. “Discutimos sobre o surto da doença, mas com foco nas indicações da vacina, ou seja, quem deve realmente tomar e, ainda, como será esse fluxo”, afirmou Andréa Cabral.

Participaram do evento, funcionários da SMS, do Pronto Socorro Municipal, da Policlínica, médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), enfermeiros e técnicos do Programa de Saúde da Família (PSF) e, também, funcionários das empresas Belmont e Vale. “É importante a participação de todos os empregados da área da saúde que tenham contato com a zona rural, minas etc”, ressaltou a infectologista.

Ainda segundo Andréa Cabral, além da importância de informar sobre a doença, é necessário reforçar as possíveis reações adversas da vacina. “Para adultos acima de 60 anos, a vacina só deve ser aplicada mediante prescrição médica, pois pacientes nesta faixa etária têm três vezes mais chances de desenvolver reações neurológicas”, explicou. A infectologista alertou ainda que, como a vacina contra a febre amarela é feita de vírus vivo, “é um tipo de vacina que gosta de agir no sistema nervoso central”.

Também foi tópico do seminário, a dificuldade de se diagnosticar a febre amarela, “já que a doença tem manifestações muito parecidas com as de outras, por exemplo, síndrome febril aguda, calafrios, dores de cabeça e muscular, náuseas e vômitos”, afirmou Andréa Cabral. Sobre o tratamento da doença, a médica explicou que não existe remédio específico para esse vírus. “Então, a primeira ação é dar assistência ao doente, realizar os exames e chegar ao diagnóstico o mais rápido possível. No mais, estar preparado para dar total suporte ao paciente no caso de sangramento, ventilação etc”, finalizou.

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