
O vereador Geraldo Antonio Marcelino (PPS), o “Tonhão” criticou duramente o transporte escolar de João Monlevade, durante a reunião da Câmara realizada nessa quarta-feira (15). Disse ainda que a Polícia Militar e nem o Settran (Setor de Trânsito da Prefeitura), fiscalizam o serviço.
Segundo ele foi procurado por algumas famílias que denunciaram a superlotação nos ônibus, principalmente aqueles que transportam crianças de 06 a 10 anos.
De acordo com Tonhão as crianças viajam até sobre o painel dos veículos e que as monitoras não tem acesso à parte traseira dos ônibus.
Ainda segundo o vereador, quando um dono de van escolar é flagrado em um blitz com alguma irregularidade, como um passageiro a mais por exemplo, o veículo é apreendido imediatamente, fato que não ocorre com os ônibus da empresa responsável pelo Rota Escolar, a Enscon Viação, e pediu mais fiscalização por parte das autoridades.
Questionada sobre a denúncia de irregularidades feitas pelo parlamentar, Eduardo Lara, um dos proprietários da empresa Enscon Viação, disse que as aulas iniciaram no dia 06 de fevereiro e que só teve sete dias letivos para organizar as rotas, e segundo ele, quem organiza é a própria empresa, pois a Secretaria de Educação não passa previamente onde é a residência e qual escola o aluno estuda. “É como construir um quebra-cabeças com as peças todas misturadas. É muito difícil. Normalmente leva se de 3 a 4 semanas de aula para ajustar. Sempre tem reivindicação de mães e diretoras das escolas e atendemos a todas, buscando a melhor solução. Além disso duas escolas foram fechadas esse ano: Santana e Tanquinho, o que tem provocado grandes mudanças nas rotas para atender essa nova demanda. Quanto ao comportamento dos alunos, infelizmente muitos não respeitam a monitora e nem o motorista. Inclusive fazem ameaças quando é chamado atenção deles. Falta conscientização, porque é um grande benefício que os alunos da nossa cidade possuem. Todos deveriam zelar por ele”, disse Eduardo.
Procurado o major André Pedrosa, comandante da Polícia Militar na cidade, disse que esteve reunido na tarde de ontem (15), com os vereadores e que esse problema não foi levantado, o que estranhou o questionamento feito posteriormente por um parlamentar. “Há sim uma fiscalização através da Patrulha Escolar nas portas dos estabelecimentos de ensino. Uma das prioridades nossa hoje é combater a violência na cidade. Claro que essa situação deve ser verificada por se tratar da segurança dos alunos, inclusive já informei o comandante do policiamento de trânsito para que dê uma atenção maior nessa situação. Em nenhum momento deixamos de fiscalizar. O Código de Trânsito Brasileiro dita as normas para esse tipo de transporte e vamos atuar conforme estabelecido nessa norma. O ano letivo começou há 10 dias e vamos sim, fiscalizar, independente de ser van ou ônibus escolar”, pontuou o oficial.